segunda-feira, 25 de julho de 2011

Uma pitada de manjericão



O alimento é mais que um simples tempero: graças à sua composição,beneficia o sistema cardiovascular e musculoesquelético, favorece a digestão e dá aquela revigorada no corpo

É quase impossível imaginar um bom prato italiano sem sua presença, afinal, quando utilizado na preparação de molhos, pizzas ou massas, o manjericão (Ocimum basilicum) pode fazer maravilhas pelo paladar. Da mesma forma, na cozinha indiana, seu sabor e aroma característicos viraram sinônimo de prazer gastronômico. A verdade é que, com o passar dos séculos, esta erva tão antiga – velha conhecida dos egípcios, gregos e romanos – deixou a Índia, sua terra natal, e ganhou o mundo. O Brasil, é claro, está incluído nesta lista; por aqui, a planta, de acordo com a região, recebe diferentes apelidos, como alfavaca, basílico-grande, erva-real e até remédio-de-vaqueiro.

Seja qual for o nome, seu principal uso é basicamente o mesmo: incrementar o sabor de feijão, caldos, carnes bovinas, peixes e outros pratos comuns no cardápio tupiniquim. A boa notícia é que sua fama e popularidade podem e devem continuar em alta. Segundo especialistas, o manjericão é mesmo um verdadeiro aliado do organismo, não só por suas propriedades nutricionais, mas também graças ao seu potencial terapêutico. Acompanhe!

Força que vem de dentro
Se sabor e aroma são, tradicionalmente, os aspectos que mais despertam a atenção para o manjericão, há, ainda, outro bom motivo para dar créditos à sua utilização como tempero. “Ele contém magnésio, cálcio, potássio e vitaminas como riboflavina, tiamina e piridoxina, que agem como anti-inflamatórias, protegem o coração e têm efeito broncodilatador”, explica a nutricionista Márcia Vivas, do Prontobaby – Hospital da Criança, do Rio de Janeiro.

Este terceiro aspecto explica, aliás, por que em regiões rurais é comum encontrar pessoas que mastigam manjericão para aliviar problemas respiratórios – daí o nome “remédio-de-vaqueiro”. Isso acontece, pois, mesmo consumido in natura, o alimento mantém ativas suas propriedades farmacológicas, entre elas a capacidade de atuar como antiespasmódico. “Ele ajuda a combater espasmos musculares e pode ser utilizado como antiasmático, como também em afecções das vias respiratórias”, diz o nutrólogo José Roberto Kater, especialista em medicina antroposófica, de São Paulo.

Além desta característica, vale lembrar que, por conter boas doses dos minerais relacionados anteriormente, o manjericão melhora também o funcionamento do sistema musculoesquelético, atuando, por exemplo, na contração e relaxamento muscular e na manutenção da massa óssea. E o melhor, “não há restrições de idade ou de consumo para a erva”, afirma a nutricionista. Ou seja, quanto mais, melhor!


Por Geisa D'avo | Fotos: Shutterstock

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